HISTÓRIA DA PATINAÇÃO

 

A Patinação surgiu na Europa e inicialmente foi utilizada como meio de transporte para atravessar lagos e canais congelados pelo rigoroso inverno europeu, a partir daí se tornou uma prática de lazer e recreação, sendo restrita apenas ao inverno, já que quando o clima esquentava os corpos d'água congelados derretiam. A Patinação Artística, especificamente, surgiu de uma brincadeira em que os patinadores faziam desenhos no gelo com suas lâminas enquanto patinavam, e foi assim que começaram a realizar concursos para ver quem fazia os desenhos mais bonitos e complexos. Dizem que naquela época a glória era conseguir assinar o próprio nome no gelo, e foi desse tipo de competição que surgiu o termo “Figure Skating”, como é conhecida a patinação artística internacionalmente. Assim, a atividade tornou-se um esporte e começaram a surgir os primeiros saltos e corrupios.

A Patinação Artística Sobre Rodas apareceu como uma alternativa para os patinadores do gelo que não tinham como praticar durante o verão, já que os lagos se descongelavam. Então, no início, os praticantes dos dois tipos de patinação (gelo e rodas) eram os mesmos, por isso as duas técnicas são muito semelhantes e utilizam praticamente os mesmos termos em seu vocabulário. Não demorou muito para que todos os elementos executados sobre o gelo fossem transportados para as rodas, criando assim esse maravilhoso esporte/arte, tal qual conhecemos hoje. A Patinação Artística é considerada por muitos como a mais espetacular e excitante forma dos esportes sobre rodas, sendo considerada também uma das modalidades desportivas mais completas da atualidade, pois estimula fortemente a coordenação motora, a postura, o equilíbrio, a lateralidade e a capacidade de concentração, além de trazer vários outros benefícios.

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Os primeiros patins com rodas foram criados por Joseph Merlin, um belga que em 1750 teve a ideia de construir patins que pudessem andar no solo assim como os patins com lâminas deslizavam no gelo. Após várias experiências, Merlin conseguiu criar os patins com rodas, com apenas uma roda em cada pé e assim que a invenção ficou pronta, o inventor resolveu fazer uma apresentação triunfal para mostrar sua obra à sociedade local. Ele era violinista e pretendia entrar em uma festa deslizando em seus patins e tocando violino, ao mesmo tempo, pelo salão. Foi exatamente isso que ele fez: em uma festa, ele calçou seu invento e entrou no salão, tocando seu violino. Como se não bastasse a dificuldade de se equilibrar em um patins desse tipo, que sequer tinham freios, Merlin também não era um grande patinador, então é claro que o primeiro patinador sobre rodas da história não conseguiu parar, caindo sobre um espelho caríssimo e quebrando-o em milhares de pedaços juntamente com seu violino. Apesar de ser uma ideia interessante, os patins não se tornaram populares rapidamente, no entanto muitos inventores anônimos passaram a trabalhar na ideia de Merlin, melhorando-a. O primeiro a patentear os novos patins de rodas foi Petitbled, na França, em 1819, e, em seguida, em 1823, foi a vez de Roberto John Tyers patentear o modelo "Rollito". No documento da patente, o "Rollito" era descrito como sendo um "aparelho com rodas fixado aos sapatos, botas ou outro elemento que cubra o pé, com o propósito da necessidade de locomoção e lazer".

 

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O "Rollito" foi feito com cinco rodas que se fixavam em uma linha reta e chamou imediatamente a atenção do público. A partir daí não parou de se sofisticar. Apesar da curiosidade e entusiasmo do público, demorou algum tempo até que os patins sobre rodas realmente conquistassem o gosto popular. Na Alemanha, por exemplo, ele somente foi aceito em 1840. Na época uma loja atraia os clientes colocando meninos e meninas sobre patins para atendê-los. A partir de 1863, com todas as melhorias que aos poucos foram introduzidas, os patins foram ficando cada vez mais parecidos com os atualmente chamados patins tradicionais ou "quad", como são chamados popularmente.

Desde aquela época foram abertas várias pistas de patinação pelo mundo e, em pouco tempo, viraram ponto de encontro dos entusiastas que participavam de corridas e animados bailes sobre patins. O próximo passo foi a prática da patinação também em clubes, de onde surgiram as primeiras escolas e também a nessecidade de regulamentar o esporte com a criação das Federações e Confederações que regem as normas da patinação. Atualmente a patinação artística é dividida em diversas modalidades, sendo Livre Individual, Free Dance, Solo Dance, Style Dance e Figuras Obrigatórias, além das modalidades de dupla e de grupo. Alguns nomes importantes da patinação são Tanja Romano, atleta italiana, maior campeã de mundiais, com 15 ouros e 2 pratas, além do brasileiro Gustavo Casado, único campeão mundial do país na modalidade livre e Gabriella Giraldi, única mulher a conquistar um título mundial para o Brasil.

Tanja Romano, atleta italiana, maior campeã mundial de todos os tempos.

Gustavo Casado, atleta brasileiro, único campeão mundial do país na modalidade livre.

Gabriella Giraldi, atleta brasileira, única campeã mundial feminina do país.